quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

6/13/2005 08:33:59 AM

EM ANEXO


Sou o palestrante do projeto "Em Anexo" do segundo semestre, que consiste em diálogos abertos ao público, voltados para esclarecer diferentes processos de criação. O programa é uma promoção do Atelier Livre da Prefeitura, em parceria com Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul. Minha intervenção acontece na terça (14/6), às 19h, na sede da Apergs (Av. Cel. Marcos, 938), em Porto Alegre.



Escolhi como tema TERRENO BALDIO E BRINQUEDOS DESTRUÍDOS:


Quem diz que no terreno baldio não há simetria? O terreno baldio é um jardim para o fundo da terra, não para sua superfície. É um jardim para os pés, não para as mãos. A poesia se move com os ciscos, os detalhes, os esquecimentos e as distrações, em um estado de vadiagem flutuante e passionalidade do gesto. O terreno baldio, assim como a literatura poética, concentra os refugos, as recusas e os lapsos, o que o homem abandonou e não concluiu, o que escapou do senso comum e não retornou. Deformar é inventar. Os brinquedos destruídos são os mais amorosos e fiéis.

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