quinta-feira, 25 de dezembro de 2003
VAGA-LUMES
A Ana disse que faz tempo que não vê vaga-lumes. O tempo de piscar entre entre um livro e outro, o que é uma eternidade. Não é fácil encontrar a floração da grama como antes. Na sua infância, a Ana caçava vaga-lumes com uma pequena rede. Ela e os irmãos colocavam o pequeno bicho em um vidro de conserva, com a tampa decorada de flores de pano. Ele ficava alumiando, fogo saltando de um lado para outro no frasco. Era o abajur que eles não tinham. Luz respirando. Sol da noite.
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